Própolis Vermelha

"Composição química da própolis in natura"

A composição química da própolis depende da ecologia botânica de cada região e ainda pode sofrer influência da variedade genética das rainhas. Em geral, é composta de 50% de resina e bálsamo, 30% de cera, 10% de óleos essenciais e aromáticos, 5% de pólen e 5% de várias outras substâncias. Até o momento, já foram identificadosmais de 200 compostos químicos na própolis, dentre os quais flavonóides, ácidos aromáticos, terpenóides, aldeídos,álcoois, ácidos alifáticos e ésteres, aminoácidos, esteróides, açúcares, etc.

"Atividades biológicas e/ou farmacológicas"

- DIABETES: veja pesquisa feita sobre a Própolis e a Diabetes.
- ANTIBIÓTICA: A atividade antibiótica in vitro da própolis foi verificada contra várias linhagens de bactérias Gram positivas (B!cillus brevis, B.polymyxa, B.pumilus, B. sphaericus, B. subtilis, Cellulomonas fimi, Nocardia globerula, Leuconostoc mesenteroides, Leuconostoc mesenteroides, Staphylococcus aureus e streptococcus faecalis) e Gram negativas (Aerobacter aerogenes, Alcaligenes sp., Bordetella bronchiseptica, Escherichia coli, Proteus vulgaris, Pseudomonas aeruginosa e Serratia marcescens). Pesquisas realizadas no nosso laboratório tem comprovado umalto poder antibiótico de determinada própolis contra as bactérias Staphylococcus aureus e Sptreptococcus mutans. Algumas dessas amostra de própolis apresentaram altas concentrações dos flavonóides galangina e pinocembrina,os quais são considerados serem agentes antimicrobianos.
- ANALGÉSICA: O efeito analgésico da própolis é três vezes mais efetivo que a cocaína, 52 vezes mais potente quea procaína e, segundo Rode (1977) e Ghisalberti (1979), três vezes superior aos analgésicos comuns. De acordo com Paint e Metzner (1979), esse potencial anestésico deriva dos princípios ativos do ácido caféico, da pinostrobina e da pinocembrina. A dor resulta da ação das prostaglandinas e a própolis inibe as enzimas que as sintetizam.Ela funciona de modo quase idêntico ao da aspirina, mas sem a desvantagem dos seus efeitos colaterais negativos. Essa capacidade de bloquear as enzimas também impede a inflamação e o sangramento das gengivas que podemlevar ao enfraquecimento da estrutura óssea, que faz amolecer e cair os dentes, ao mesmo tempo que estimulaoutras enzimas que fortalecem as paredes dos vasos capilares da gengiva, combate a inflamação e a dor de garganta.
- ANTIALÉRGICA: A secreção da histamina e da serotonina fazem parte do mecanismo das reações alérgicasquando um agente alergênico toca a superfície das células. Porém, os bioflavonóides da própolis bloqueiam essas secreções e, conseqüentemente, as reações alérgicas.- ANTIMICROBIANA: A própolis é considerada por muitos como o mais poderoso "antibiótico natural". De acordocom Marcucci (1995), a diversidade de aplicações clínicas que a própolis oferece aponta para o fato da sua maior eficiência estar relacionada a doenças que têm como origem a contaminação microbiana.
Segundo o trabalho do Dr. Krell, publicado pela FAO (1996), ao longo das últimas décadas estudos científicos se acumulam no sentido de demonstrar seus efeitos inibitórios sobre diferentes microrganismos.
A ação antibiótica da própolis, também conhecida como "penicilina russa", além de ser equivalente ou superior aos antibióticos hoje oferecidos pela indústria farmacêutica, apresenta pelo menos três grandes vantagens:
- ANTIINFLAMATÓRIA E ANTICOAGULANTE: Outra atividade biológica atribuída à própolis é quanto a sua ação antiinflamatória. Diversos são os mecanismos relacionados ao processos inflamatórios acarretando em problemascomo artrite reumatóide e artrose ou até mesmo a formação de edemas e sensação de dor. Existem relatos na literatura da utilização com sucesso de extratos etanólicos de própolis em testes laboratoriais in vitro e in vivo.Em vários modelosin vitro a própolis apresentou uma inibição da agregação plaquetária e da síntese de eicosanóide, sugerindo que ela possui uma poderosa atividade antiinflamatória. Em experimentos conduzidos utilizando cobaias verificou-se que os extratos de própolis apresentaram um resultado comparável à uma droga padrão comumente utilizada no tratamentode doenças inflamatórias chamada Diclofenac (Khayyal et al., 1993).Um outro trabalho utilizando extrato etanólico de própolis foi realizado em nosso laboratório onde foi testadodiferentes concentrações de álcool para a preparação dos extratos e a sua relação com inibição de uma enzima chamada hialuronidase, que é responsável por muito dos processos inflamatórios conhecidos atualmente,e observou-se a própolis inibiu de forma considerável a atividade desta enzima e a concentração ideal de etanolpara a preparação do extrato que apresentou a maior inibição foi de 80%.
Para a apiterapia, a própolis age contra a artrite, artrose, epicondite (tennis-elbow), lumbago, reumatismo, ciática, tendinite e torcicolo. O estudo publicado no Drugs Under Experimental & Clinical Research (1993; 19:197-203)destacou sua a ação antiinflamatória e sua habilidade em prevenir a coagulação do sangue. Injeções de soluçãoaquosa de própolis administradas em 22 pacientes com processos inflamatórios e necrose na cabeça superiordo fêmur promoveram melhoras significativas e diferentes em relação aos outros 32 pacientes tratados por meios ortodoxos (Przy-bylski and Scheller, 1985).Estudos laboratoriais mostraram que a própolis tem atividades antiinflamatórias similares às da indometacina(fármaco muito utilizado) e apontaram os flavonóides e o ácido caféico como os responsáveis por tal feito(Mirozeva and Calder, 1996).
- ANTIOXIDANTE: A oxidação de um determinado material (um pedaço de ferro, gordura, ou até mesmo emtecidos humanos) está relacionado, principalmente, com a sua degradação e/ou deterioração. No corpo humano a oxidação está ligado ao processo de envelhecimento, mutação do material genético e da degradação do tecido vivo.Os compostos responsáveis por essa ação maléfica são conhecidos como radicais livres. Na natureza existemdiversas substâncias que combatem esses radicais tal como a vitamina C, a vitamina E, entre outros. Recentementea própolis vem sendo estudada como alternativa para a combater essa oxidação. A sua composição química, formada essencialmente por compostos fenólicos, leva a crer que ela seja um produto com grande poder antioxidante, umavez que esses compostos são conhecidos como tais. Em estudos laboratoriais, verificou-se que um dos compostos presente na própolis, conhecidos como CAPE, atua como um excelente antioxidante inibindo a formação de radicais livres (Jaiswal et al., 1997). Em nosso laboratório também foram realizados estudos sobre a atividade antioxidante de própolis e os resultados obtidos foram muito satisfatório pois a própolis inibiu em quase 95% a oxidação de uma mistura de reação formada por b-caroteno e ácido linoléico.
- ANTIFÚNGICA: Alguns autores demonstraram que entre outras atividades, a própolis tem ação antimicótica e que esta se deve ao ácido cinâmico e ao flavonóide crisina. Há relatos na literatura que o ungüento de própolis a 50%,curou sem haver recidivas, 97 de 110 pacientes com Kerion do couro cabeludo. Em adição, outros autores verificaram que o extrato etanólico de própolis demonstrou atividade inibitória sobre 17 cepas de dermatófitos, e ainda mostraram que a formulação de própolis com propileno glicol era igual ou superior à das medicações antifúngicas contra osfungos M. canis, T. rubrum, T. mentagrophytes e Scopulariopsis. G(aly et. al.(1998), verificaram recentemente que o extrato etanólico de própolis, a 3 e 4 gramas por litro, reduziu a porcentagem de germinação e a produção deaflatoxina do fungo Aspergillus flavus.
- ANESTÉSICA: Há na literatura vários relatos sobre o efeito anestésico da própolis. Ghisalberti (1979), relata que o extrato de própolis foi capaz de produzir um efeito anestésico total em córneas de coelhos. O extrato etanólico de própolis (40g em 100 ml de etanol 70%), foi relatado ser 3-5 vezes mais forte que a cocaína usada como um anestésico, a qual foi introduzida na prática dental, na antiga União Soviética, em 1953. Alguns agentes contidos na própolis propiciam efeito anestésico. Isso explica por que a própolis é usada há séculos no tratamento de dores de garganta e feridas de qualquer grandeza. Também é amplamente utuilizada no tratamento dentário como anestésicoem forma de pomadas desde 1984.
- ANTIPROTOZOÁRIA: A atividade antiprotozoária da própolis foi confirmado em inflamações provocadas porTrichomomas vaginalis (Scheller et.al.,1977). Posteriormente, verificou-se o efeito do extrato de própolis sobre o crescimento in vitro do protozoário parasita Giardia lamblia, o qual apresentou um efeito inibitório de 98%(Torres et. al.,1990). Considerando as perspectivas da própolis com atividade antiprotozoária, há muito que seestudar e conhecer sobre a própolis brasileira.
- NO COMBATE A MALÁRIA: Calcula-se que mais de 500.000 brasileiros contraem malária todo ano. No entanto,segundo a revista Globo Ciência, "a própolis, a resina sintetizada pelas abelhas, pode ganhar uma nova aplicação terapêutica" no combate à doença. Testes feitos pela Superintendência de Controle de Endemas, de São Paulo, revelaram que "a própolis consegue impedir a multiplicação do protozoário Plasmodium falciparum, o parasita que provoca a forma mais grave da doença". Visto que algumas das drogas em uso não mais fazem efeito, há outras pesquisas em andamento, e existe esperança de que a própolis ajude os portadores de malária.
- COMBATE A DENGUE: Biólogo garante que Própolis combate a Dengue (RádioBrás). Veja Site
- ANTIVIRAL: As pesquisas têm mostrado um efeito positivo da própolis sobre a virulência e a duplicação de algumas linhagens de vírus, tais como: herpes, adeno vírus, coronavírus, rotavírus. Além disso, já foi investigado o efeito in vitroda própolis sobre vários vírus como herpes simplex tipos 1 e 2, mutante resistente a aciclovir, adenovírus tipo 2, vírusda estomatite vesicular e poliovírus tipo 2.
- CARDIOVASCULAR: A própolis tem ação redutora na pressão arterial e produz um efeito calmante.Os Dihydroflavonoides contidos na própolis auxiliam combate à hipertensão e também tem se mostrado eficiente na proteção do fígado contra os efeitos do álcool e tetraclorídricos.
- ANTICÁRIE E ANTIPERIODONTITE: A Própolis também é muito utilizado para tratamentos dentários. Atuandocomo uma proteção no esmalte dos dentes, bem como um grande analgésico. Diluída em água e com seu uso feito através de bochechos, ela reduz o crescimento e promove a prevenção de cáries. Também é bastante recomendado para o tratamento de gengivites reduzindo as hemorragias e proporcionando ajuda na remoção da placa bacteriana.A própolis tem se mostrado de valor inestimável no combate às cáries e a outros inúmeros problemas da mucosabucal como aftas, estomatite, gengivite, piorréia, parodontoses, glossite (inflamação da língua), assim como para combater a dor após a extração de um dente e a irritação provocada pelas próteses dentárias.

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